06 Jun
Saiba quais as diferenças entre medicamentos genéricos, similares e de referência

É muito comum, no momento da compra, ter dúvidas sobre os variados tipos de medicamentos. Afinal, quais as diferenças entre os de referência, similares e genéricos?

Saber exatamente o que está adquirindo ajuda a garantir que o tratamento solicitado pelo médico seja realizado de forma segura – afinal, não é raro atendentes farmacêuticos oferecerem a substituição de algum medicamento, seja por causa da falta dele no estoque ou pela variação de preço.

Mas não se preocupe! Elaboramos este conteúdo para que você entenda a diferença entre essas tipologias e, caso necessário, realize uma troca de maneira totalmente segura. Continue a leitura atentamente.

Medicamentos de referência (originais)

Medicamentos de referência ou originais são aqueles que foram registrados após passarem pela comprovação de segurança e eficácia. São desenvolvidos após anos de pesquisa e investimentos consideráveis, o que os tornam mais caros no momento do repasse para o consumidor final.

Por isso, carregam na embalagem o nome do princípio ativo junto ao nome que foi criado pelo fabricante. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é a responsável em aprovar a qualidade do medicamento.

Os medicamentos de referência podem ser comercializados de maneira exclusiva até que o prazo de comercialização exclusiva do laboratório expire (podendo chegar a 20 anos). Ou seja, quando um novo medicamento surge no mercado, somente o laboratório de criação tem o direito de comercializá-lo por um período definido.

Medicamentos similares

Os medicamentos similares contam com a mesma composição dos originais, carregando na embalagem o nome ou a marca comercial, de acordo com o previsto na Lei n. 9.787/1999.

Seguindo as mesmas características de um medicamento de referência, apresentam o mesmo princípio ativo, concentração, via de administração, posologia, indicação terapêutica e a forma farmacêutica.

Eles só podem substituir os originais após passarem por testes de equivalência, que certificam sua qualidade e eficácia. Quando aprovados, são chamados de similares intercambiáveis. Para saber se um medicamento se encaixa nesta categoria, o paciente deve verificar se, na bula, consta a seguinte informação: “MEDICAMENTO SIMILAR EQUIVALENTE AO MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA”. 

Medicamentos genéricos

Por último, há os genéricos, medicamentos muito populares desenvolvidos para reproduzir o efeito de um medicamento de referência, porém com um custo menor. 

Por serem uma “cópia”, não têm um nome próprio, sendo identificados apenas pelo nome do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA). Nesta modalidade, a Anvisa deve assegurar a intercambialidade por meio de testes farmacêuticos e bioequivalência.

Entenda o motivo da diferença de preços entre os tipos de medicamentos

É comum que o valor mais baixo dos medicamentos genéricos gere dúvidas e incertezas sobre sua eficácia. Porém, como pudemos entender até aqui, são medicamentos com o mesmo princípio ativo, dose e forma farmacêutica que os de referência.

Outro ponto importante é a sua garantia de eficácia e segurança, que são comprovadas e certificadas pela Anvisa.

Falando dos valores, até o ano de 1999, os medicamentos tinham seus preços alterados constantemente. As marcas similares já existiam, porém, não se tinha uma garantia de qualidade.

Por esse motivo criou-se a Lei dos Genéricos (Lei n. 9.787/1999), autorizando os laboratórios a criar medicamentos da mesma formulação, sem a necessidade de investir altos valores em testes e pesquisas, o que, consequentemente, torna os genéricos mais acessíveis nos balcões das farmácias.

Atenção na hora de realizar a troca de medicamentos!

Muitas vezes, os farmacêuticos ao analisarem a receita do medicamento, perguntam aos clientes se pode ser um genérico ou similar no lugar do de referência. A diferença de valores faz com que a troca seja atrativa.

É fundamental se atentar a algumas regras antes de aceitar a sugestão do profissional:

  • o medicamento genérico pode ser trocado por um de referência, mas não por um similar;
  • o medicamento de referência por ser substituído por uma medicação genérica ou similar;
  • o medicamento similar só pode ser trocado pelo de referência se ele for intercambiável (ou seja, ter passado pelos testes de aprovação) e não pode ser substituído pelo genérico.


Lembre-se, ainda, de que é fundamental analisar o princípio ativo, a posologia, a data de validade, as condições de armazenamento e outros critérios antes de considerar uma substituição.

Esperamos que este material tenha sido útil e esclarecedor. Caso ainda tenha dúvidas ou queira se tornar um parceiro, clique aqui e fale com nosso time de especialistas em medicamentos de alto nível!

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